novembro 27, 2006

Exuberância e simplicidade no Mosteiro de São Bento

Posted in Construções Históricas, Cultura, Entrada Franca, História, Mosteiro, Rio de Janeiro, RJ, São Bento, Turismo às 3:12 am por popturismo

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    Um interessante local para se visitar no Rio de Janeiro é o Mosteiro de São Bento. Fundado em 1590, vinte anos após a cidade de São Sebastião, por monges beneditinos vindos da Bahia, a pedido dos próprios habitantes, o mosteiro se localiza em um amplo pedaço de terra doado pelo fidalgo Manuel de Brito.
A partir de 1602, a igreja existente no local, antes batizada de Nossa Senhora da Conceição, passou a ser chamada Nossa Senhora de Montserrat, em homenagem à padroeira do mosteiro. É a terceira mais antiga abadia das Américas, em estilo colonial, considerada um dos mais belos conjuntos arquitetônicos do Brasil. Funcionam, ainda, dentro da abadia, o Colégio São Bento, as Edições Lumen Christi, a Faculdade de São Bento, a Casa de retiros de Emaús e a Obra Social São Bento.
Como ao mosteiro de fato os visitantes não têm acesso, há um mês a faculdade de turismo da UniverCidade elaborou um projeto de visita guiada a igreja, custando sete reais por pessoa. Estudantes e idosos pagam R$3,50. Segundo Bernard Alencar, estudante da faculdade e um dos monitores, os cariocas não visitam o local. “Aqui não é muito divulgado, embora um grande número de estrangeiros venham conhecer. A maioria dos brasileiros, entretanto, são de São Paulo e Rio Grande do Sul. Os cariocas quase não aparecem”, diz, ressaltando que, para o trabalho, os estudantes tiveram aulas de história da arte, inglês e espanhol.
Apesar da visita guiada, quem for conhecer não precisa pagar para ter acesso à igreja. “As pessoas podem entrar a qualquer momento, nosso projeto é apenas uma alternativa”, explica Bernard. Porém, as luzes ficam apagadas quando não se está na companhia dos guias.
Austeridade e classicismo ligados ao Maneirismo evidentes na sua rígida simetria, contraste entre o aspecto propositalmente singelo do exterior e a riqueza do interior, com talhas barrocas, são características da bela igreja. A maior procura é por batizados e casamentos, mas estes não estão sendo realizados devido à restauração financiada pelo BNDES e pela Petrobrás. As cerimônias mais importantes são as missas solenes aos domingos, a Missa do Galo no Natal e cerimônias da Semana Santa, sempre acompanhadas de cantos gregorianos.

Endereço: R. Dom Gerardo, 68 – Centro
Tel/Fax: (21) 22917122
Site: http://www.osb.org.br

E-mail: destevao@osb.org.br

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Matéria: Laís Orsolon
Fotos: Nathalia Bernardes

Um pedaço da França na antiga Praça do Comércio

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   A bela Praça projetada por Grandjean de Montigny, encomendada por D. João VI em 1819, atualmente abriga a Fundação Casa França-Brasil. Sendo a primeira construção em estilo neoclássico do Rio de Janeiro, foi reconhecida e tombada pelo IPHAN (na época, D.P.H.A.N) como patrimônio artístico e cultural em 1938.
   Após um período de abandono, Darcy Ribeiro, antigo Secretário de Cultura do Estado, e Jack Lang, Ministro da Cultura, propuseram a restauração do local e a transformação deste em um centro cultural, com o intuito de intercambiar cultura entre Brasil e França. Em 1989, idealizou-se o projeto de utilização do espaço pelo museólogo francês Pierre Catel e em 29 de março de 1990, a Casa França-Brasil é aberta ao público, tornando-se um espaço de múltiplas atividades culturais.
   Mesmo havendo muitas exposições, eventos, mostras de filmes e ser bem divulgada, a Casa França-Brasil não é tão visitada. De acordo com Carlos Vieira, vigia local, quem mais a visita são estudantes e quem menos freqüenta as exposições são os moradores do subúrbio: “Os suburbanos não vêm muito aqui, a não ser quando tem alguns eventos especiais semelhantes ao Animamundi”. Como ir ao centro do Rio de Janeiro e aos bairros da Zona Sul carioca é muito demorado para os moradores do subúrbio, muitos preferem não deslocar-se. Com um transporte escasso e demorado em certas partes do Rio, além da pouca divulgação de atividades culturais nesses locais, muitas pessoas perdem a oportunidade de ver exposições muito interessantes devido à deficiência no transporte coletivo ou simplesmente pelo desconhecimento sobre eventos.
   As atuais exposições da Casa França-Brasil, Bamako e Aller/Retour//Paris/Rio, fazem parte do circuito de atividades culturais realizadas pelo Fórum Cultural Mundial (FCM) previstas para 2006. A primeira expõe fotografias africanas pertencentes a Bienal Africana de Fotografia, organizada e produzida pelos governos de Mali e da França. São 51 fotografias de Mark Lewis, da África do Sul; de Bukkie Opebiyi, da Nigéria; de Jean Luc de Laguarigue, da Marticica; de Mohamed Yahia Issa, do Sudão; e de Mamadou Konaté, de Mali.
   A segunda exposição, Aller//Retour, é o resultado de um projeto na Cooperativa de Trabalho Artesanal e de Costura da Rocinha (COOPA-ROCA), desenvolvido com a seleção de cinco jovens franceses de design e moda que lá trabalharam por dois meses, produzindo, então, objetos de decoração e acessórios de moda. Estes foram criados por Jeanne Goutelle, Margot Allard Poesi, Sam Baron, Aurélie Mathigot e Benoît Missolin e apresentados ano passado no Ateliers de Paris, de 08 de novembro à 28 de dezembro, como parte das comemorações do “Ano do Brasil na França”. O período da exposição na Casa França-Brasil é de 14 de novembro a 10 de dezembro de 2006, de terça a domingo, de meio-dia às oito da noite, com entrada franca.

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 78 – Centro – CEP 20010 060
Tel/Fax: 2253 5366
Site:
www.fcfb.rj.gov.br
E-mail: fcfb@sec.rj.gov.br

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Matéria: Nathalia Bernardes
Fotos: Nathalia Bernardes

 

novembro 25, 2006

História, literatura e arte

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   Freqüentemente confundido com uma Igreja pelos transeuntes da rua Luís de Camões, O Real Gabinete Português de Leitura possui a maior acervo de obras portuguesas fora de Portugal. Com cerca de 350.000 livros e inteiramente informatizado, seus maiores visitantes são turistas nacionais e estrangeiros, além de estudantes universitários, pois localiza-se próximo ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
   Além de uma valiosa biblioteca, abrigando obras raras, manuscritos, cartas e primeiras edições, há também uma importante coleção de pinturas de José Malhoa, Carlos Reis, Oswaldo Teixeira, Eduardo Malta e Henrique Medina. Dentre as suas obras raras, encontra-se: um exemplar da edição “princeps” de “Os Lusíadas”, de 1572; as “Ordenações de D. Manuel”, por Jacob Cromberger, editadas em 1521; os “Capitolos de Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram”, editados em 1539; “Verdadeira informaçam das terras do Preste Joam, segundo vio e escreveo ho padre Francisco Alvarez”, de 1540.
   O traço neomanuelino da construção, de autoria do arquiteto português Raphael da Silva e Castro, também é um bom motivo para visitar o Real Gabinete. Com uma fachada exuberante e um interior espetacular, é um prazer passar uma tarde lendo obras portuguesas com total conforto e tranqüilidade em pleno centro do Rio de Janeiro. Pode-se, nos intervalos da leitura, olhar maravilhado ao redor e fazer uma viagem à época na qual o Real Gabinete Português era freqüentado por Machado de Assis, durante sessões da Academia Brasileira de Letras realizadas no local, pelo escritor Ramalho Ortigão, Joaquim Nabuco e, ainda, pela Princesa Isabel, que presenciou a inauguração.
   Atualmente, entre os eventos que lá ocorrem, há colóquios, cursos, conferências, palestras e congressos. O último evento ocorrido foi o colóquio “A lusofonia e o livro nas relações culturais luso-brasileiras”, com o apoio do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, realizado nos dias 20 e 21 de novembro. Participaram dele professores brasileiros e portugueses abordando o tema do livro português no Brasil.
   Com tantos atrativos e oportunidades de adquirir mais conhecimento, o Real Gabinete é uma relíquia portuguesa no meio da agitação do centro da cidade.

Endereço: Rua Luís de Camões, 30 – Centro – CEP 20051 020
Tel.: (21) 2221 3138 / 2221 2960
Site:
www.realgabinete.com.br
E-mail: realgabinete@uol.com.br

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Matéria: Nathalia Bernardes
Fotos: Nathalia Bernardes

 

novembro 6, 2006

Paço Imperial – História quase esquecida

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   Treze de Maio de 1888, abolição da escravidão no Brasil. Em uma das grandes salas do Palácio Imperial, na Praça XV de Novembro, a princesa Isabel assina e oficializa a Lei Áurea.
   Pouco mais de 112 anos após esse marco na história do Brasil, o local que deveria, por este e outros acontecimentos, ser um dos mais importantes pontos turísticos históricos é encontrado às moscas. Poucos conhecem um dos locais mais importantes da história do país. O palácio já foi residência de governadores e sede das capitanias do Rio de Janeiro, hoje se tornou um museu de grande importância no roteiro histórico do Rio de Janeiro.
   A poucos metros do Centro Cultural Banco do Brasil, que contrasta escandalosamente em relação a visitantes, o museu do Paço Imperial é visto como segunda alternativa nos passeios de vários turistas que, por acaso, visitam as suas exposições: “Sempre vou ao CCBB, às vezes quando me lembro dou uma passada aqui no Paço”, explica Patrícia Tavares, arquiteta visitante da exposição de Claudia Moreira sobre design.
   Para o porteiro Manoel Couto, de 48 anos, que trabalha há 12 anos no local, o que afasta os visitantes do museu é a falta de segurança, que acabaria quando começasse a revitalização do centro: “Essa revitalização traria segurança para nós, funcionários, e para os visitantes”, justifica o porteiro. Enquanto visitávamos o museu não foi vista uma só patrulha da polícia militar no local.
   O museu atualmente conta com cinco exposições, sendo duas permanentes, sobre a história do Paço e de Luiz Carlos Brugnera. As outras estão em fim de exposição e permanecem até 06 de novembro: Luciano Figueiredo – Do Jornal à Pintura, Nana Bernardes – O trabalho é seu, que conta com obras audiovisuais, e a da designer Claudia Moreira Salles.
   As obras, o ambiente, a localização, nada deixa a desejar a outros museus. Tendo exposições de artistas contemporâneos, entrada franca todos os dias e grande conteúdo histórico cultural, o Paço Imperial possui tudo para ser um local tão visitado como seu vizinho, o CCBB. Com um pouco mais de divulgação das exposições, um pouco mais de treinamento para os funcionários e alguns monitores-guias permanentes, o Paço pode se tornar um dos mais visitados.
   O museu ainda pré-agenda visitas para grupos escolares com guias (se houver exposição). Está aberto de terça a domingo, das 12h às 18h.

Endereço: Praça XV de Novembro, 48 – Centro – CEP 20010-010
Tel: (21) 2533 4491 /2533 7762 fax: 2533 4359
Site:
http://www.pacoimperial.com.br/

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Matéria: Osmar Galvão
Fotos: Laís Orsolon

Cultura no Centro do Rio

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   O Centro Cultural do Banco do Brasil, localizado na rua Primeiro de Março, 66, no centro do Rio de Janeiro, comemora os 100 anos de sua inauguração com a mostra “Cem anos de Primeiro de Março”, sobre a importância do banco na história financeira e cultural do país. O prédio erguido em 1880, tem uma bela arquitetura neoclássica. Foi sede da Associação Comercial do Rio e do Banco do Brasil, tornando-se centro cultural a partir de 1989. Para celebrar esses 17 anos de incentivo à cultura, apresenta exposição “Fé, Engenho e Arte – Aleijadinho e seu Tempo”. Além de exposições a programação do CCBB é composta por diferentes formas de expressão artísticas teatro, cinema e música. O ingresso para muitas dessas atividades é gratuito.
O CCBB, com importantes monumentos históricos, como a Candelária, o Paço Imperial, a Praça XV e o Centro Cultural dos Correios, entre outros, formam um corredor cultural, integrando o roteiro turístico da cidade e atraindo um público diversificado de estudantes, crianças, idosos, turistas estrangeiros e nacionais. Segundo o funcionário do CCBB, Marcos Melo, de 25 anos, a proximidade com esta área, o baixo valor dos ingressos e a divulgação, transformou o centro cultural em um pólo turístico. Ele acredita que a sua inauguração foi por incentivo à cultura e não com propósito turístico, pois é um bom marketing para a instituição, que ainda recebe isenção fiscal.
   O CCBB é formado por dois teatros, quatro salas para mostras, biblioteca, auditório, museus, arquivo histórico, centro educativo, salas de vídeo e cinemas. Aos domingos são exibidos filmes de graça. Todo ano apresenta uma grande exposição que dura quatro meses, além das atividades paralelas, uma verdadeira salada cultural. O estudante Silvio Telles de 24 anos, morador do Méier, foi ao CCBB pela primeira vez, adorou e pretende voltar.
   A exposição “Fé, Engenho e Arte – Aleijadinho e seu Tempo” vai até 11 de fevereiro de 2007, “Cem Anos de Primeiro de Março, 66” e termina no dia 3 de dezembro. O Odin Teatret Festival encerra sua apresentação no 28 de novembro. A programação detalhada para esses e outros eventos se encontra no site do Banco do Brasil.

R. Primeiro de Março , 66 – Centro – CEP 20010-000
Tel: (021) 3808-2020
Site:
www.bb.com.br/cultura

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 Matéria: Débora Rolim
Fotos: Divulgação

outubro 30, 2006

Homenagem a Getúlio Vargas – Memória do Brasil no século XX

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    Após 50 anos da morte de Getúlio Vargas, um dos mais influentes governistas brasileiros, foi inaugurado em 2004 o Memorial Getúlio Vargas, na Glória,  projeto do arquiteto Henock de Almeida. A exposição permanente, uma homenagem ao estadista, é uma boa opção de passeio cultural gratuito pela cidade.
   Planejado e organizado pela Secretaria Municipal das Culturas, com a coordenação da pesquisa histórica feita por Beatriz Kushinir, a exposição mostra a cronologia dos governos de Vargas, além de contar sua história desde a saída de São Borja, Rio Grande do Sul, até seu suicídio no Palácio do Catete. Os visitantes podem ler a Carta-testamento, ver vídeo com imagens de Vargas, painéis com fotos e ter acesso a computadores com arquivos audiovisuais. Há também a mostra de “Desenhos de Guerra”, de Carlos Scliar, participante da 2ª Guerra Mundial que teve atividades de imprensa durante o período no qual Vargas estava no poder. Tudo em confortáveis instalações.
   Idealizado em 1984 pelo governador Leonel Brizola, o projeto não é divulgado, segundo a funcionária Aracele Fernandes: “Pessoas que moram aqui perto não sabem da existência do Memorial. Uma senhora já entrou por engano, pensando ser uma estação do metrô.”  A maioria dos visitantes é carioca, mas muitos turistas estrangeiros o procuram, porém em menor número.
   O mês de maior movimento é agosto, o da morte de Vargas. “O memorial recebe muitos grupos escolares também, mas se houvesse maior divulgação, mais pessoas o visitariam”, disse Aracele. Márcia Almeida, paulista, que foi por indicação de uma amiga, moradora do bairro, também reclama: “Se não fosse pela minha amiga eu nem saberia do memorial para Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. É uma pena, pois acho importante sabermos mais sobre a história do Brasil, da qual ele faz parte. E está localizado num lugar lindo”.
   O local é de fácil acesso e com sinalização. É possível chegar de metrô pela estação Glória. Erguido na Praça Luís de Camões, o memorial fica perto do Hotel Glória, já freqüentado pelo presidente. Na entrada, há o busto de Vargas e um monumento com formas ascendentes arquitetado por Henock para convidar os visitantes a entrar. Ele fica logo atrás da entrada, na área de lazer. Nela, os realizadores do projeto resolveram preservar a estátua de São Sebastião. O memorial fica aberto de terça a domingo, das 10 às 19 horas.

 

Endereço: Praça Luís de Camões (Ao Lado do Hotel Glória)
Tel/Fax: (21) 2557 9444
Site: www.rio.rj.gov.br/memorialgetuliovargas
E-mail: mgvargas@rio.rj.gov.br

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Matéria: Laís Orsolon
Fotos: Nathalia Bernardes

Museu do Folclore Edson Carneiro: Um Escondido Tesouro

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   Bumba-meu-boi, Folia de reis, Maracatu, Cavalhada, Escolas de Samba, etc. Tudo está registrado no excelente acervo que contêm 12 mil objetos, 130 mil documentos bibliográficos e cerca de 70 mil documentos audiovisuais do MFEC, Museu de Folclore Edison Carneiro, no bairro do Catete, Rio de Janeiro. Com tem entrada franca, ele está aberto a visitações de terça a sexta-feira, de 11 às 18h e aos sábados, domingos e feriados, de 15 às 18h. Visitar este museu é como fazer uma viagem ao interior do país, conhecer meios antigos de produção e um pouco da diversidade cultural.
   Os trabalhos são surpreendentes. Os artistas exploram técnicas de seu dia-a-dia como a fabricação de farinha, de cachaça, rapadura, de vinhos, queijos, trançados (pesca e renda) e criação de gados. Tudo é reproduzido com grande riqueza de detalhes, as miniaturas são feitas em barro, algumas com movimentos, e há reproduções em tamanho real com maquinários já desativados.
   Nos trabalhos feitos à barro há obras de grandes escultores desconhecidos do grande público, mas que muito contribuíram para a cultura nacional, como Nhô Caboclo, GTO, Louco, Benedito e outros mais. São obras dos mais distantes cantos do país, como Maragogipinho-BA, Apiaí-SP e Buritizeiro – MG. Uma verdadeira salada cultural temperada com uma trilha sonora folclórica que toca no interior do museu.
   Além de obras em barro, o museu aborda festas populares como o Maracatu, o Carnaval Carioca, a Cavalhada, a Roda de Cururu, os Clóvis, a Roda de Orixás, o Bumba-meu-boi e a Folia de reis. Todas com fantasias e fotos das festas. Religiões são apresentadas com imagens de santos e protetores tanto no Catolicismo, no Umbanda ou no Candomblé.
   Certamente é um tesouro escondido do restante do mundo. Ao contrário dos outros pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro, poucos são os turistas que conhecem o MFEC. Três grandes andares de pura cultura na Zona sul carioca sem nenhuma divulgação.
   O museu apresenta uma pequena exposição temporária do artista Manoel Silvio A. Fonseca, o Seu Silvio, que expõe vasos, imagens e têm algumas peças a venda nos mais variados preços. A exposição temporária permanece até 12 de novembro.

Endereço: Rua do Catete, 179 – Catete – CEP 22220-000
Tel: (21) 2285 0441 r. 204 e 206
Fax: ramal 210
Site:
www.museudofolclore.com.br

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Matéria: Osmar Galvão
Fotos: Nathalia Bernardes

outubro 23, 2006

Museu da Chácara do Céu – Cultura Acessível

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   O museu da Chácara do Céu, localizado no bairro de Santa Teresa, é um passeio cultural barato e que sai dos roteiros turísticos tradicionais. Com menos de R$ 5,00 o turista o visita e passa por belas paisagens proporcionadas pela vista privilegiada do bairro de Santa Teresa. A melhor maneira de chegar é através do bonde, cuja passagem custa só R$ 0,60, saltando na estação Curvelo. O passeio pelas ruas do bairro é uma atração à parte. A entrada do museu custa R$ 2,00, têm direito à gratuidade menores de 12 anos, maiores de 65 anos, grupos escolares, professores e guias turísticos em serviço, membros do ICOM e da Associação dos Amigos do Museu.
   Segundo o funcionário do IPHAN Manoel Martins, 40 anos, há 22 trabalhando na Chácara do Céu e morador de Santa Teresa, a importância do lugar para a cidade está em seu acervo.  Artistas estrangeiros consagrados como Matisse, Picasso, Dalí, Miró, viajantes estrangeiros do século XIX e brasileiros como Guignard, Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Antônio Bandeira, além do maior conjunto público de obras de Portinari, fazem parte da exposição permanente. Apesar da representatividade e da beleza, o lugar é pouco conhecido entre os cariocas. O museu é visitado principalmente por turistas estrangeiros, como explica Manoel: “O que afasta o carioca são a preguiça e a falta de divulgação”.
   A casa de Santa Teresa, herança de família, era a antiga residência de Castro Maya, industrial e colecionador de artes que em 1963 criou a Fundação Raymundo di Ottoni Castro Maya. Integrada pelo Museu do Açude e o Museu da Chácara do Céu, hoje adquiridos pela União, faz parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A construção atual da Chácara do Céu  foi projetada em 1954 pelo arquiteto Wladimir Alves e seu caráter original de residência foi preservado, mantendo a sala de jantar e a biblioteca. Os outros espaços são reservados para exposições temporárias do acervo.
   O museu expõe de 10 de outubro de 2006 a 26 de fevereiro de 2007 “Société des Amis de L´Eau-Forte. Uma coleção de pai para filho”, uma  reunião de obras pertencentes à coleção iniciada pelo pai de Castro Maya. E também “Caderno de Viagem de Debret”, de 19 de outubro a 04 de dezembro, os estudos e aquarela pertencentes ao acervo dos museus Castro Maya.
   O museu Chácara do Céu fica na Rua Murtinho Nobre, 93, Santa Teresa ao lado do Parque das Ruínas. O acesso é facilitado pela sinalização ao longo do caminho.

Endereço: Rua Murtinho Nobre, 93 – Santa Teresa – CEP 20241-050
Tel/Fax: (21) 2224 8981 – 2507 1932
Site: www.museuscastromaya.com.br

E-mail: chacara@museuscastromaya.com.br

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Matéria: Debora Rolim
Fotos: Nathalia Bernardes